5º Princípio – A culpa torna as pessoas indefesas e sem ação.
Meus queridos, depois dos anos que passei revendo nossos Princípios, assistindo a palestras, partilhas e assistindo o desfecho de tantos comportamentos adoecidos, sinto-me no direito de ser exigente e fazê-los abrirem os olhos diante dos preceitos simples e verdadeiros do Programa AE. Afinal, a qualidade de vida está atrelada ao reconhecimento da veracidade desses valores e da necessidade de fazermos as mudanças sugeridas por eles.
Soma-se ao cumprimento desses Princípios, a percepção de que Amor-Exigente não é um Programa de Caças às Bruxas, pois eles fazem a diferença, são válidos, apesar de rigorosos e conflitantes para alguns.
Mesmo que tenhamos errado por não saber, por sermos omissos ou permissivos, sempre há tempo para um recomeço: “hoje é o primeiro dia de minha nova vida”… Isso não teria significado, nem tampouco razão de ser se continuássemos a carregar a culpa e correr atrás de quem falhou conosco em um certo momento. A proposta é libertar-se das amarras do problema e efetivamente encontrar alguma solução para ele.
De tudo o que já foi exposto sobre o 5º Princípio acredito ser o Jogo da Culpa mais relevante. Por quê? Porque sermos Vítimas / Perseguidores ou Salvadores nos distraem de tal forma que além de embaçar a lucidez, não permite enxergar o que está errado. Impedidos, assim, não se caminha rumo à solução do problema, paramos na culpa com sentimentos de tristeza e remorso que nos adoecem.
Apropriar-se desse Programa também significa HUMANIZAR-SE. O que fizemos era só o que sabíamos ou podíamos fazer então. PERDOAR-SE, fazer uma boa REPARAÇÃO é um processo demorado, mas que culmina na LIBERTAÇÃO.
Portanto é inevitável a tomada de consciência de que não sou nem quero ser nenhuma coitada, de que não dou poder a ninguém para fazer de mim uma vítima, assim como não sairei salvando ou precisando ser salva por outros.
Depois, é tão dolorido e profundo carregar a culpa por tudo que não deu certo em nossas famílias que muitas vezes nunca mais nos damos a chance de ser feliz. Vivendo sempre num processo de autopunição.
A vida passa por nossas escolhas e decisões… Questione-se!
– O que quero para mim e para minha família?
– Vou mudar?
– Vou fazer reparação?
– Vou assumir a responsabilidade de fazer tudo o que posso sobre isso?
– Você já viu um passarinho construindo seu ninho?
Ele se entrega inteiro a esta função… e faz tudo com tanta confiança, tanta sabedoria que a gente fica pensando: – de onde vem esse tipo de conhecimento?
Com amor, D. Mara