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Post: O voluntário e sua ação (isto é História )

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Há alguns bons anos atrás  no Curso de Aprofundamento – Nível 2, em Uberaba, tão bem preparado por Cacilda, Onofre e equipe local, surgiram perguntas relativas ao voluntário e sua ação. Entre outras, temos:

Como se faz para ser voluntário do Amor-Exigente?

A experiência nos tem indicado que se leva, em média, dois anos para se formar um voluntário apto a fazer intervenções acertadas (adequadas).

Alguns quesitos básicos para ser um voluntário de AE:

  • Estar disponível;
  • Sair do anonimato;
  • Participar, semanalmente, do grupo de apoio;
  • Estudar o livro: “O que é Amor-Exigente”, de Mara Silvia Menezes;
  • Ser coerente com os Doze Princípios Básicos do AE;
  • Participar dos cursos promovidos pela Febrae;
  • Manter-se fiel ao caráter de voluntário;
  • Buscar informação;
  • Dar e receber formação;
  • Reforçar a espiritualidade e a prática religiosa (conforme credo de cada um);
  • Ser comprometido com o movimento.

O voluntário do Amor-Exigente é o participante do grupo de apoio? Ou seja, a mãe que está com problemas e vai a procura de ajuda é considerada voluntária? Depois de algum tempo, sim.

Observando a evolução do familiar e/ou responsável participante do Grupo de Apoio do AE, constatamos algumas fases básicas:

  • Negação
  • Tristeza (desmoronam os sonhos e os projetos. Tende a voltar à fase da negação);
  • Depende do grupo de apoio (aqui ele está mais fortalecido, tem leque de atitudes para escolher e implementar. Depende, inicialmente, de “receitas”);
  • Recaída (diante de naturais insucessos, volta à fase da negação ou à fase da tristeza);
  • Independência (tende a sair do grupo, já tem claro que só pode modificar a si mesmo e se apropriou das “ferramentas” propiciadas pelo AE);
  • Interdependência (uma troca. Dá e recebe); É na fase da interdependência que surge o voluntário.

Qual a melhor forma de treinar coordenadores de grupo?

A experiência nos tem indicado que são necessários, em média, dois anos para se formar um coordenador apto a fazer intervenções acertadas. E, para tanto, é preciso:

  • Motivá-lo a participar, semanalmente, das reuniões do grupo de apoio;
  • Delegar, gradativamente, funções no grupo;
  • Fomentar a obtenção de informações;
  • Colocá-lo em situação de exposição;
  • Incentivá-lo a participar dos cursos promovidos pela Febrae;
  • Investir na formação do novo coordenador, inclusive financiando parte dos custos do treinamento.

Para formar um grupo de prevenção de drogas, o público alvo não tem, aparentemente, motivação suficiente para desenvolver seriamente um trabalho em um grupo de apoio. A “falta de problemas” atrapalha.

Qual o público alvo mais funcional em grupos de prevenção?Professores, jovens, crianças e pais?

Assim como há o “fundo do poço” para o usuário, há o “fundo do poço” para a família, para as escolas e para a sociedade. Normalmente as pessoas só reagem quando vêem seu bem-estar e/ou sua felicidades ameaçados.

Sem dúvida, a existência de problemas constitui uma poderosa alavanca motivacional para a ação. E a falta deles favorece o marasmo.

A experiência tem indicado que os professores constituem o grupo que demonstra maior dificuldade em agir, tendendo a intelectualizar a questão e a permanecer na falação.

Gostaria de saber se as pessoas adultas que trabalham como voluntários no AE já tiveram ou têm na sua família um dependente químico. Isso é verdade? Vocês têm uma percentagem de quantos voluntários já tiveram um dependente químico?

O histórico do AE indica que, no começo de sua ação, seus voluntários tiveram como motivação a própria dor. Hoje constatamos entre os voluntários uma saudável mescla destas duas motivações: dor própria e dor do outro.

Em 2001, o Brasil teve dois eventos marcantes: A Campanha da Fraternidade (“Vida Sim, Droga Não!”) e o Ano Internacional do Voluntariado, eventos que carrearam lideranças comunitárias para o AE, lideranças estas que se agregaram pela dor do outro.

Quais as qualidades de um bom voluntário do AE?

Qualidades mínimas esperadas de um voluntário, independentemente de qual seja a iniciativa:

  • Concorda com os objetivos da organização;
  • Respeita as diretrizes da entidade;
  • Cumpre os compromissos assumidos;
  • Recebe e dá treinamento;
  • Não falta;
  • É perseverante.

Além destas qualidades gerais, o AE espera que seu voluntário seja:

  • Isento de preconceitos;
  • Isento de sentimento de juiz;
  • Com capacidade de ouvir;
  • Humildade;
  • Verdadeiro;
  • Justo;
  • Misericordioso e comprometido em se tornar uma pessoa melhor.

Neube José Brigagão

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