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Post: Entrevista Jovem Pan com Miguel Tortorelli

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Em debate promovido pela repórter Izilda Alves e em apoio à campanha “Jovem Pan Pela Vida Contra as Drogas”, o secretário nacional de Políticas sobre Drogas, Vitore André Zílio Maximiano, e o vice-presidente da Federação do Amor Exigente, Miguel Tortorelli falaram sobre o uso desta no país.

Segundo Tortorelli, é cada vez mais frequente a entrada de jovens no mundo das drogas. “Estamos recebendo crianças com oito, nove anos. Fomos procurados por uma ONG que cuida de crianças, solicitando que nós levássemos mais informações e fizéssemos palestras sobre o assunto”.

Maximiano destacou uma pesquisa realizada em 2010 com estudantes do ensino médio e fundamental, que revelou que cerca de 52% dos adolescentes, a maioria menor de 18 anos, já fez uso do álcool ao menos uma vez. “É um número bastante expressivo”, disse. Já o crack, segundo ele, possui uma média de idade mais alta, cerca de 30 anos, mas ainda há um universo de 14% dos adolescentes que fazem o uso.

O secretário destacou a vulnerabilidade social tida naqueles que que fazem uso do crack, no entanto, ele afirmou que não há escolha de classes sociais. “Tem acontecido em todas, sobretudo o álcool, que é a droga mais consumida no nosso país”, ressaltou.

Debate sobre a criminalização do porte de drogas

Segundo Maximiano, a decisão do Supremo Tribunal Federal pode causar impacto em todo o país, caso o artigo da Lei das Drogas seja considerado inconstitucional.

*O artigo proíbe os acusados por tráfico de entorpecentes de responderem ao processo em liberdade. A definição relativa à necessidade ou não de ser manter preso os acusados se daria caso a caso.

O que se discute no Supremo, segundo ele é a aplicação de alternativas penais. “Se alguém for detido portando drogas para consumo próprio, essa pessoa não pode ser presa. Se aplica a ela as chamadas alternativas penais”, explicou. Mas ele ressaltou que o porte de drogas ainda é ilegal e que se a pessoa for repreendida a droga seria apreendida e a pessoa responderia pelo caso. “Drogas continuam ilegais. A venda é ilegal, a posse é ilegal. Se surpreendida [a pessoa], será apreendida [a droga] pela polícia”.

Busca por ajuda

Maximiano afirmou que são financiadas, mensalmente, cerca de 8.300 vagas pelo Senad (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas) para atender aos usuários.

“É importante que tenhamos diversos serviços regulados para a família. Temos que ter um serviço ambulatorial estruturado. Temos casos de dependência grave, que necessita de acolhimento em unidade terapêutica. O que nos cabe é organizar esse tipo de serviço”, explicou o secretário nacional de Políticas sobre Drogas.

Sobre os Caps (Centro de Atenção Psicossocial), Tortorelli relatou que a intenção é tratar o jovem dentro de um segmento ambulatorial e que aqueles que estão em um uso mais prolongado de entorpecentes não ficam muito neste tratamento. “O jovem, quando vai ao Caps, a família quer que vá para uma internação”.

Como procurar essa ajuda

O secretário nacional de Políticas sobre Drogas, Vitore André Zílio Maximiano, e o vice-presidente da Federação do Amor Exigente, Miguel Tortorelli destacaram o 132.

“É um serviço gratuito, 24h, para prestar informações. Consultores podem orientar de forma qualificada. A oferta de vagas, incluindo Caps e comunidades terapêuticas estão à disposição das famílias”, exaltam.

 

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