BRASÍLIA — Líderes do governo Michel Temer reagiram com cautela ao estudo feito por profissionais da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados sobre o impacto econômico da legalização da maconha no Brasil. Mesmo impressionados com o valor elevado de arrecadação e economia apresentados pelo estudo — arrecadação tributária anual de R$ 5 bilhões e de redução de R$ 997,3 milhões de gastos anuais com o sistema prisional — eles afirmam que há outras consequências a serem consideradas, não apenas a econômica.
O líder do PSD, Rogério Rosso (DF), diz que para liberar a maconha no país é preciso levar em conta outros fatores e não apenas o econômico. Segundo ele, é preciso considerar os efeitos que o uso da maconha gera no âmbito da família, da sociedade, as consequências de liberar seu consumo.
— Esse estudo precisa ser complementado em razão do utilização do psicotrópico, a maconha. Eventuais acidentes provocados pelo uso dela junto com bebida alcoólica. Temos que ver se o custo benefício. O estudo é superficial, tem que saber os problemas que a maconha gera no âmbito da família, da própria sociedade, do tráfico, eu vejo com cautela — afirma Rosso.
Indagado se o governo deveria debater neste momento esse tema, Rosso foi categórico:
— O governo tem outras prioridades. É preciso aprofundar esse estudo e ver qual o custo que a liberação da maconha iria gerar na sociedade.
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