Quem vê uma pequena lágrima , que me escorre pela face
sequer imagina
que ali se concentra toda a dor do meu mundo.
Excelentíssimos Senhores Ministros do STF
CARTA DE UMA MÃE:
Sou mãe, não entendo de leis, mas valorizo as pessoas. O julgamento da ação da Defensoria Pública de São Paulo que quer eliminar da lei antidrogas o artigo 28 tem tirado meu sono porque toda a argumentação tem sido no sentido de liberdade individual. Quando se vive em família há deveres e responsabilidades. Se um filho tiver a liberdade de usar drogas ,de quem será a responsabilidade da sua saúde, do seu tratamento e do pagamento de toda a sua recuperação? Mais do que isso! Qual a mãe, qual o pai que quer ver seu filho se destruindo pelo uso de drogas?
Quando passo perto de cracolândias , sinto, como mãe, o sofrimento de todas as famílias com filhos jogados naquelas ruas, naquelas calçadas. Só de imaginar, fico mal, ao pensar na amargura, na infelicidade, na falta de esperança daqueles pais. E o que mais me assusta e surpreende é que enquanto filhos têm, cada vez mais facilidade para entrar nas drogas, pais têm de peregrinar pela rede pública como se estivessem pedindo favor. Rede pública paga com os nossos impostos mas que abandona as famílias quando elas mais necessitam de acolhimento, atendimento, solução. Conversando com policiais , fiquei ainda mais preocupada ao saber que ao prenderem um traficante em flagrante na maior cracolândia do país, a da Alameda Dino Bueno, no centro de São Paulo, imediatamente o ex-senador Suplicy, atual secretário de Direitos Humanos, aparece para verificar os direitos do traficante. Já quando pais vão à cracolândia procurar filho não tem ninguém do governo para ajudar nesta sofrida busca.
Sabe, senhores ministros, filho é a pessoa mais importante para uma família. Por que devo admitir que uma substância que pode matar o meu filho pode ser liberada? Que liberdade individual é esta? Que lei é esta que define a pessoa como um ser solto no mundo como se fosse alguém que ,de repente, surgisse na Terra. Não, senhores ministros, filho a gente ama desde o primeiro minuto que fica sabendo estar grávida. São meses de enjoos, vontades, corpo disforme, ansiedade e de extrema felicidade quando nasce. Esse serzinho passa ser a pessoa mais importante numa família. Imaginamos para ele um futuro glorioso, com saúde, trabalho e felicidade.
Como MÃE , peço, imploro: não acabem com nossos sonhos, não facilitem doenças para os nossos filhos,não destruam famílias liberando o uso de maconha, cocaína,crack, heroína, ecstasy e sabe-se lá quantas outras drogas. Mantenham o artigo 28, que ainda nos dá esperança e poder de argumentação com as pessoas mais importantes de nossas vidas: nossos filhos.
FONTE: Campanha Jovem Pan pela Vida, contra as Drogas.
Adaptação e Diagramação Piti Hauer.
Paraná Portal
1 comment
Que triste?
Os pais envergonhados e angustiados tem receio de procurar ajuda nos grupos de apoio, Enquanto isso os filhos perambulam pelas ruas como se fossem zumbis, anestesiados pela droga, sem perspectiva de vida, sem esperança. E o Governo ainda acredita que liberar maconha é a melhor opção. Controlar o acesso e a entrada de drogas no País é o que deve ser revisto. Como fica a veiculação de propagandas sobre o álcool na TV? Toda comemoração está sempre regada a bebidas? De quem é a responsabilidade?