A responsabilidade social na comunicação

by Thiago Biancheti

Segundo levantamento do IPEA – Instituto de Pesquisas¹ Econômicas Aplicadas – o Brasil possui 820 mil ONGs . Uma das características predominantes entre elas é o baixo investimento e estrutura em comunicação. De acordo com o estudo “O Cenário da Comunicação no Terceiro Setor”, em 50% das organizações a área de comunicação é composta por somente uma pessoa, e em 15% não têm ninguém responsável²!

Quando falamos em comunicação no terceiro setor temos diferentes objetivos, dependendo da realidade e atuação de cada instituição, mas entre eles podemos destacar a captação de recursos, a conquista de novos voluntários e a divulgação de suas ações. É sobre esse último objetivo que vou falar. A divulgação das ações de uma instituição do terceiro setor, portanto sem fins lucrativos, visa mostrar a seus stakeholders (funcionários, voluntários, associados, participantes, parceiros, entre outros) o trabalho que está sendo realizado e também ser conhecido por mais pessoas para que gere ainda mais impacto social.

Falando especificamente da Federação de Amor-Exigente, atingir mais pessoas significa levar esse importante programa de proteção social e qualidade de vida a mais lares, a mais famílias. Salvar mais vidas. Tornar muitas outras mais equilibradas e felizes.

Assim, exercer a comunicação é também exercer a responsabilidade social. E o mais importante: todos podem ajudar nesse trabalho.

Com certeza você já ouviu falar do marketing “boca a boca”. Essa forma de divulgar um produto ou serviço teve sua atuação amplificada com a internet e as redes sociais. O boca a boca virou o “like a like”. É extremamente importante para as instituições terem uma boa penetração e engajamento digital.

O problema é que não é tão simples quanto parece. Ter um bom engajamento e atingir mais pessoas nas redes sociais de forma orgânica, isso é, sem investir em anúncios, é um trabalho árduo e constante. Algumas redes limitam a exibição de posts de organizações. O objetivo é óbvio: forçar as empresas a anunciar. Além disso, o volume de conteúdo publicado diariamente na internet é inimaginável. É preciso destacar-se!

Você, caro voluntário que me lê, pode contribuir demais para aumentar a presença do Amor-Exigente na internet. Comece, caso ainda não tenha feito, seguindo as redes sociais da FEAE. Curta os posts. Comente. Caso perceba que as postagens da FEAE não têm sido mostradas com frequência em seu feed de notícias, acesse diretamente o perfil. Ative as notificações para sempre ser informado quando uma nova postagem for feita. Se possível, compartilhe também o que achar mais interessante, assim você pode ajudar alguém de sua rede de relacionamentos que você nem imagina. Um dia, após eu compartilhar uma publicação em meu Facebook pessoal, uma prima me questionou sobre o AE. Ela precisava de orientação para lidar com o namorado internado devido ao abuso de álcool. Mesmo eu atuando no AE há mais de 5 anos e postar frequentemente conteúdo relacionado, alguém da minha rede familiar não sabia e precisava de uma ajuda que eu poderia dar. Não subestime essa possibilidade!

Crie também o hábito de visitar o site do Amor-Exigente. As visitas são importantes para aumentar a relevância do site nas buscas do Google, por exemplo. Além disso, caso algo possa ter passado despercebido, o site é a certeza de que você não perderá nenhuma informação.

1 – Fonte: Associação Brasileira de Captadores de Recursos.
https://captadores.org.br/2018/07/13/brasil-tem-820-mil-ongs
2 – Estudo “O Cenário da Comunicação no Terceiro Setor” realizado pela ONG
Nossa Causa: https://nossacausa.com/o-cenario-da-comunicacao-no-terceiro-setor


Por Thiago Biancheti – Publicitário e Coordenador Geral de Comunicação da FEAE. Artigo publicado originalmente na edição n° 251 da RevistAE, em Agosto/2020.

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