A CRISE E A MONTANHA

by Thiago Biancheti

O 8º Princípio do nosso programa trata da “crise”, sendo anunciado pela máxima “da crise bem administrada, surge a possibilidade de uma mudança positiva”. O princípio nos é representado por dois ideogramas da escrita chinesa, no qual o primeiro representa “perigo, lugar perigoso, momento de perigo” e o segundo representa “oportunidade”. Neste texto, gostaria de trazer aos companheiros e companheiras uma segunda proposta, na qual olhamos a crise como uma montanha.

Ao olharmos para a montanha, várias opções se apresentam, como, por exemplo, ultrapassá-la, desviar o caminho, permanecer na sua base, parar em um platô, dentre muitas outras possibilidades. Tomemos por hipótese a ideia de permanecer na sua base. Não saberemos se somos ou não capazes de ultrapassá-la, pois optamos por parar. É uma opção. É um não fazer. Se optamos por avançar no caminho e resolvemos parar em um dos seus platôs, muito provavelmente teremos uma nova visão, uma nova paisagem, mas saberemos que ainda havia muito a seguir e os lugares a serem alcançados seriam mais ou menos belos, mais amenos ou mais agressivos. Desviar também seria uma opção, com as mesmas dúvidas já mencionadas. Mas o que queremos propor aos nossos companheiros e companheiras, na verdade, é que a montanha deve ser ultrapassada, que é possível ultrapassála. Para isso, basta nos programarmos.

Pensar estrategicamente o caminho a percorrer, a bagagem que levaremos, roupas, alimentos, água; quantos dias pretendemos caminhar e onde queremos chegar.

A montanha é a crise e o Amor-Exigente – com todos os seus princípios efetivamente estudados e vivenciados – é a estratégia.

Nessa linha, se representarmos essa montanha como um aglomerado de várias pedras, perceberemos que é possível remover uma a uma. Na transformação do nosso comportamento devemos ultrapassar a montanha, retirando cada pedra do caminho. As pedras devem ser removidas de forma estratégica, pois do contrário poderemos provocar um grande deslizamento.

Assim é que as pedras estão nas pequenas coisas: a toalha molhada na cama, a louça suja na pia, o gasto desnecessário no supermercado etc. A cada pedra removida, vamos nos fortalecendo até que chegamos a remover pedras cada vez maiores, como o horário de chegada em casa de nosso ente querido, o tempo de uso do computador ou da televisão ou até mesmo situações que sequer temos coragem de relatar, como a possível guarda ou uso de substâncias no interior de nossa casa.

Como ouvi de um orador que muito admiro (Tadashi Kadomoto): “Ninguém tropeça em montanha, retire as pedras do seu caminho”. Assim, defina o que você quer, fixe prioridades, formule seu plano de ação, estipulando como e quando fazer e vá para ação, executando seu plano. Tenha certeza que dará certo.


Por Carlos Cabral Cabrera, Promotor de Justiça de Praia Grande/SP e Voluntário de Amor-Exigente – edição n° 227 da REVISTAE – Agosto/2018.

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1 comment

Raquel Monteiro De Araújo 2 de agosto de 2019 - 21:32

Belíssima reflexão, acrédito q uma das maiores angústias do ser humana e qdo se sente impotente, incapaz de mudar o drama em qual se encontra, tdo parece mmo uma vdd montanha, mas ao chegar perto dessa montanha e a encarmos de frente perceberemos q é só um amontoado de pedras.

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