Ser GENTE

by Thiago Biancheti

Para iniciar nossa reflexão, tenho uma pergunta: O que é ser gente? Resumo em uma palavra: “Humanidade”.

Dentro do contexto ético, ser gente implica em mudança de paradigmas. No Amor-Exigente, percebi nos participantes dos grupos uma resistência em aceitar que o indivíduo é livre para fazer as mudanças necessárias na sua vida, entender que o outro é gente também. Então se abre o grande paradigma que costumeiramente ouvimos daspessoas: “Eu sempre fui assim; na minha família todos são assim”. O ser humano desistiu de si mesmo, anulando-se totalmente. Na concepção humana, desistir de si mesmo é uma incoerência com o projeto de vida, permitindo que sua existência perca o sentido. Precisamos buscar romper tais barreiras.

SER GENTE não é simplesmente acompanhar a moda, fazer o que os outros fazem, compartilhar atitudes e pensamentos. Abrir-se totalmente a uma proposta é um tanto dolorosa ao indivíduo. Mas como abrir-se? Reconhecer que é um ser humano, dotado de valores, que erra. Aceitar que o outro também tem as mesmas peculiaridades. Aí está a necessidade de romper paradigmas. Eu, você, devemos nos abrir ao novo, experimentar SER GENTE.

Vou concluir com uma citação bíblica: Caminhando JESUS, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos perguntaram: “Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?”. Respondeu JESUS: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de DEUS”. (JOÃO 9:1-3).

Vivenciar o Princípio Ético Familiar, remete-nos a uma liberdade, pessoal e coletiva, facilitando a experimentação do sigilo familiar.

Deixamos ser gente quando não respeitamos as diferenças dos outros, sua fragilidade; mas também quando permitimos que os outros nos anulem como seres humanos.

Estamos sendo incoerentes com a proposta que desejamos vivenciar em nossas vidas. Aceitar as coisas como elas são, torna-nos às vezes insensíveis. Os pais verdadeiros são aqueles que estão ao lado de seus filhos. São aqueles que sabem o que cada um faz e, por consequência, sabem as dificuldades vivenciadas por esses. São aqueles que compreendem, chamam a atenção no momento necessário e, principalmente, elogiam quando deve ser elogiado.

Os filhos precisam também viver uma coerência ética familiar. Assim, todos os membros familiares voltarão a ser relacionar de forma HUMANIZADORA.

Por André Luiz da Silva Pinto, Coordenador Regional Guararapes/SP – edição n° 209 da REVISTAE – Fevereiro/2017.

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1 comment

Dorly spindola laureth Zanelato 19 de fevereiro de 2018 - 06:40

Bela reflexão.

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