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Post: Bom dia, meu nome é crise: posso entrar?

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Naquela manhã ensolarada a campainha de uma porta qualquer, de num lugar qualquer, de uma cidade qualquer, de um Estado qualquer ou de um pais qualquer tocou e alguém atendeu:
-Bom dia. Meu nome é CRISE. Posso entrar?
A pessoa que atendeu a porta não conseguiu esconder a cara de espanto e meio que gaguejando respondeu:
-Eu não te conheço e você bateu na porta errada. Deve ser um engano.
Dito isso, bateu a porta na cara da CRISE.
Com a certeza de que estava na porta certa, da casa certa, da família certa, a CRISE tocou a companhia novamente.
-Você novamente? Você é insistente mesmo hem? Já falei que deve ser engano.
-Desculpe senhora. Não é engano não. Posso explicar o motivo da minha visita?-Explicar pode. Só que você não vai entrar na minha casa.
-Na verdade, minha senhora, eu já estou dentro da sua casa e você já deve ter percebido. Só que ainda não está querendo acreditar. Aliás, você e o seu marido não querem acreditar.
-Já vi que além de insistente, você também é enxerido. Fica se metendo na vida dos outros.
-Minha senhora eu faço parte da vida das pessoas. Às vezes, com muita intensidade. Outras, com menos intensidade. Porém, sempre presente. A intensidade de como eu vou fazer parte da vida das pessoas, depende muito da forma como as pessoas vão lidar comigo. Depende do comportamento. E comportamento é atitude.
-Este discurso não me convence. Ninguém vai querer deixar você entrar na casa de qualquer família. Só falta querer me convencer que alguém gosta de você. Todo mundo tem medo de você.
-Pois deveriam gostar de mim. Pois eu provoco mudanças e questionamentos. E nestes momentos, muitas verdades precisam ser ditas, vistas e ouvidas. Qualquer mudança de padrão pessoal envolve sacrifícios e aborrecimentos. Perdas são inevitáveis e os ganhos previstos nunca são totalmente garantidos.
-Lá vem você novamente com este discurso. Na teoria é tudo muito bonito. Eu quero ver é na pratica. Você quer ver um exemplo: eu estou tentando mudar o meu filho e não estou conseguindo. Na pratica, ele consegue tirar eu e o meu marido do sério. A nossa vida virou um inferno.
-Inferno também não. Sou eu: CRISE. Eu não tenho nada a ver com inferno.
-Que seja você ou o inferno: é tudo a mesma coisa.
-Não mesmo. O inferno pode ser um fim, enquanto que eu sou o começo de uma oportunidade de mudança. E quando eu disse que já estava fazendo parte da vida desta casa, você não acreditou.
-Você está me dizendo que o meu filho é você dentro da minha casa?
-Sim. Hoje ele sou eu e vocês não estão sabendo lidar com ele. Ou comigo. Tanto faz. É ele que está gerando CRISE. Ou seja, eu. E vocês estão sofrendo as consequências. Por isso é que as pessoas não gostam ou tem medo de mim. Sempre pagaram o pato pelos comportamentos inadequados que o outros geraram. Ora, quem gera CRISE, ou seja, eu mesmo, administra a CRISE. Me administra.
-Jesus amado.
-Opa! Já estamos melhorando. Antes era o inferno. Agora já estamos falando de esperança.
-Vai rindo da desgraça alheia.
-Você e o seu marido já perceberam que não conseguiram mudar o filho. Mesmo com todas as tentativas. E não vão conseguir mesmo.
-Além de tudo é pessimista.
-Não é questão de pessimismo. É questão de reflexão. Pensa bem: o filho de vocês tem casa, comida, roupa lavada, sai a hora que quer, chega a hora que quer, não estuda, não trabalha e ainda por cima tem mesada. Ele não tem motivo nenhum para mudar. Quem tem muitos motivos para mudar é você e o seu marido. Vocês não estão felizes. Vou repetir: ninguém muda ninguém. Só é possível mudar a si mesmo. Esta é a única garantia de mudança. Quando o outro muda, você jamais terá certeza se é uma mudança mesmo ou manipulação.
Pela primeira vez um silêncio tomou conta daquele encontro e uma voz embargada pela emoção tomou conta daquela mãe quando diz:
-Nós amamos tanto o nosso filho e estamos perdendo ele para as drogas. Não sabemos mais o que fazer.
O choro foi inevitável daquela mãe que aos prantos abraça a CRISE num gesto de entendimento e de quem busca uma saída e diz:
-Desculpa por não te compreender e não saber como lidar com você. Pode entrar.
-Muito obrigado.
Na conversa com a CRISE, esta mãe compreendeu que realmente ela e o marido precisavam mudar o comportamento e realizar uma Tomada de Atitude que provocasse uma mudança de atitude nos dois e que o filho sentisse esta transformação.
Compreendeu a mãe que toda e qualquer Tomada de Atitude precisa ser pensada em função do que ela e o marido estão sentindo.
E a CRISE fez questão de salientar:
-É preciso me ver como oportunidade e não apenas como risco. Quando eu estou presente é sinal que alguma coisa não está bem. Daí é que eu sou uma oportunidade para rever conceitos, os limites físicos, emocionais e financeiros. Eu sou sempre o resultado de uma ruptura do equilíbrio e harmonia, um estado de dúvidas e incertezas, fase de tensão, e que envolve perdas.
Qualquer mudança de padrão pessoal envolve sacrifícios e aborrecimentos. Perdas são inevitáveis e os ganhos previstos nunca são totalmente garantidos.
Também é preciso perceber na crise, que a possibilidade de mudança deve alimentar a esperança e não deixar que o medo de mudar alimente a insegurança.
-E não querendo me gabar, longe disto, grandes cientistas já falavam bem de mim. Alberto Einstein, por exemplo, já dizia; “ a CRISE é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar ‘superado’. Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais os problemas do que as soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência…Sem crise não há desafios; sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um….”
-Agora percebo que não existe CRISE sem dor e que para entrar na CRISE, muitas verdades precisam ser ditas, vistas e ouvidas. Também percebo que para sair da CRISE, muitas coisas precisarão ser mexidas. E que devo buscar ajuda para lidar com esta situação.
No que a CRISE falou:
-E para provar que sou esperança, recomendo um remédio para você. O nome dele é DEFIFOREX. E você só vai encontra-lo num grupo de auto e mutuo-ajuda que se chama Amor-Exigente. Lá, você vai aprender como tomar o remédio, lidar comigo e me ver com outros olhos: olhos da esperança e da oportunidade.
-Obrigado CRISE. Seja bem-vinda.

Sérgio Carlos de Oliveira
Regional em SC

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